domingo, 31 de maio de 2015

Rio Grande do Sul

Cambará do Sul

Impressionante. Este é o adjetivo que melhor descreve Cambará do Sul, nas Serras Gaúchas, Rio Grande do Sul – a cidade de pouco mais de seis mil habitantes, mais da metade deles em área rural, e que entrou para o roteiro de viagens nacionais e internacionais há menos de 10 anos. Antes disso, Cambará e os fantásticos cânions que dominam a paisagem eram privilégio da população local e de turistas aventureiros que chegavam de outras cidades do Rio Grande do Sul ou do estado vizinho de Santa Catarina.
cambara Mistérios de Cambará do SulA região é impressionante em qualquer época do ano. Hoje, integra os chamados “roteiros da neve” e o inverno é a alta temporada nos hotéis e pousadas (o que significa diárias mais caras). Mas como no inverno chove muito e é comum que a neblina domine os cânions, prejudicando a visibilidade e até os passeios, uma dica: certifique-se das condições do tempo antes de se aventurar por lá. A região é, muitas vezes, fria e úmida, mas vale a pena mesmo para quem não é fã de baixas temperaturas.

A cidade é pequena e quem chega pela primeira vez pode ter a impressão de que não vai encontrar uma boa infra-estrutura ou paisagens maravilhosas. Mas não se deixe enganar. Cambará pode ser pequena e, antes do turismo, sua economia era baseada na agricultura, na exploração de madeira, na pecuária e na apicultura. Como a população e a economia são rurais, podem-se percorrer quilômetros sem encontrar ninguém.
Mas além dos cânions e cachoeiras que dominam a região e estão em todas as rotas e anúncios, quem pegar a estrada pode descobrir belos cenário naturais escondidos. E a cidade já possui hoje infra-estrutura suficiente para receber os turistas – em alguns casos, em acomodações bem confortáveis.
Como o inverno é a estação dominante, moradores e turistas têm sempre programas alternativos, feitos dentro de casa, e que incluem ficar jogando conversa fora ao redor de um fogão a lenha cheio de pinhões que assam lentamente sobre uma chapa. Ou saborear pãezinhos com uma das especialidades de Cambará, o mel.
Quando o tempo abre, dá para escolher qual a aventura: banho de cachoeira, trilhas pelos cânions, rotas a cavalo ou de jipes. Como a cidade faz divisa, no Rio Grande do Sul, com os municípios de São Francisco de Paula, Jaquirana e São José dos Ausentes e também com Praia Grande, que pertence a Santa Catarina, as belas paisagens ás vezes já começam na própria estrada.
Quem vai de carro pela BR 101 e dela toma o caminho à  direita, em Praia Grande, pode parar no caminho para admirar a natureza ao seu redor. A visão dos cânions, mesmo à  distância, é quase que um choque. Eles se desdobram em gigantes fendas verdes até onde a vista alcança. As nuvens parecem ao alcance das mãos e o ar é frio e limpo. Você se encontra a quase mil metros de altitude e a viagem está só começando.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Minas Gerais

Serra da Canastra

Para se ter uma ideia de como é encantadora a paisagem, deve-se criar um quadro em sua imaginação, pintando com tudo que a natureza tem de mais delicado`, Estas foram às palavras usadas pelo naturalista francês Auguste Saint-Hilaire, quando visitou a Serra da Canastra no início do século 19. Nos dias de hoje, estas terras que tanto impressionaram o naturalista continuam arrancando suspiros de seus visitantes. O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em abril de 1972 com o principal objetivo de assegurar a proteção da nascente do Rio São Francisco e de outras nascentes contidas nesta região.
A Serra a Canastra na parte baixa lembra mesmo uma grande canastra, uma espécie de baú
Com uma área de 200.000 hectares, a vegetação é tipicamente de cerrado com algumas manchas de Mata Atlântica, sendo visível uma área de transição entre os dois biomas. O relevo do parque é formado por algumas serras e na parte alta se destacam a Serra da Canastra, Serra da Zagaia e a Serra do Cemitério, já nas encostas dos chapadões as descidas são íngremes e com precipícios. Numa destas encostas da Serra da Canastra está a Cachoeira Casca D`anta, a primeira queda do Rio São Francisco, que despenca 186 metros até um grande poço, já na parte baixa do parque.
A Casca D`anta além de ser uma das mais belas cachoeiras de Minas Gerais, após sua queda, as águas seguem por entre rochas, formando um rio de águas puras e cristalinas, ambiente ideal para abrigar uma espécie com alto risco de desaparecer, o `Pato Mergulhão`, que está na lista das 10 aves mais ameaçadas de extinção do planeta. Uma família de patos, sendo um casal e dois filhotes, está freqüentando estas águas e com um pouco de sorte e muito silêncio é possível ver a família navegando calmamente pelo rio. O mergulhão tem características peculiares, sua plumagem tem tons de verde escuro e preto e na sua cabeça chama atenção um penacho, uma espécie de topete virado para trás.

Falando em animais ameaçados, outras 3 espécies do Cerrado brasileiro beiram a extinção e costumam andar na parte alta do parque, duas delas ainda podem ser vistas com facilidade, o tamanduá-bandeira e o lobo-guará, já o tatu canastra, que pode chegar a 60 kg de peso e leva o nome da serra, dificilmente é encontrado. A ONG Pró-Carnívoros desenvolve na Canastra um trabalho valioso de estudo e monitoramento dos lobos-guará e também com pequenos roedores, segundo Fernanda, pesquisadora do projeto, nos últimos anos a população de lobos da região tem se mantido estável e a espécie encontra nesta área os alimentos necessários para a sua sobrevivência. Alguns indivíduos receberam um rádio-colar e podem ser monitorados mais de perto, registrando com mais precisão as rotas e o comportamento da espécie.
A nascente do Rio São Francisco brota no interior do parque e percorre mais de 3.000 km até desaguar no mar
O parque vem atravessando uma fase conturbada desde a sua criação, a ampliação da unidade tem gerado uma grande revolta de alguns fazendeiros da região e a reação é a pior possível, incêndios criminosos já castigaram duramente o parque. Em 2006, ocorreu o maior incêndio da história onde cerca de 40.000 hectares foram queimados, mais da metade da área da unidade, uma grande ameaça a fauna e a flora da região. Esta foi também a maior operação de combate do PREVFOGO, órgão dentro do Ibama responsável pelo combate a incêndios em unidades de conservação. Participaram da operação 81 brigadistas, 3 helicópteros, 3 aviões, mais de 10 veículos e o combate durou uma semana até extinguir o último foco na mata. Os brigadistas do Ibama não mediram esforços, combatendo dia e noite o fogo em áreas de difícil acesso, passando frio, calor, cansaço, verdadeiros heróis que muitas vezes não tem o trabalho reconhecido pelos meios de comunicação, onde jornalistas despreparados dão crédito somente aos bombeiros.O tamanduá-bandeira circula tranqüilo pelo parque, normalmente no período da tarde eles iniciam as atividades, percorrendo grandes distâncias em busca de formigas e outros insetos nos cupinzeiros dos campos. Andando pelo parque é bom ficar atento, o tamanduá se movimenta devagar, suas cores escuras se confundem no horizonte, mas na maioria das vezes o visitante consegue avistar até mais de um indivíduo numa tarde.
Para Joaquim Maia, atual chefe do parque, um trabalho de inteligência do Ibama, Polícia Militar, em conjunto com a Polícia Federal vem tentando descobrir os responsáveis por estes crimes. Nos próximos anos alguns planos de prevenção serão elaborados e vão coibir a ação destes criminosos, impedindo que outra tragédia desta magnitude volte a acontecer. Muitos locais queimados pelo fogo se recuperam rapidamente, em poucos dias já é possível ver a vegetação brotando nos campos, flores surgem em poucos dias, uma resposta imediata da natureza e que conforta os visitantes. As árvores de grande porte já não têm a mesma sorte e depois do fogo elas desaparecem para sempre da paisagem.
Apesar desta triste realidade, a Serra da Canastra tem muitos atrativos, entre eles a enorme quantidade de aves que tem atraído um tipo de turista muito bem-vindo, geralmente estrangeiros, conhecidos como `Birdwatchers` ou seja, observadores de pássaros. Estes amantes das aves movimentam a economia do lugar, tem uma grande consciência ecológica e tiram somente fotografias, respeitando a integridade dos parques. Na parte alta há muito que se ver além dos bichos, o cenário de campos limpos e vegetação rupestre entre as rochas parecem mesmo pinturas ao ar livre.
Há também outras belas cachoeiras como a do Rolinhos, a parte alta da Casca D`anta, e muitas trilhas ecológicas. Algumas pousadas ainda oferecem passeios de ecoturismo e atividades radicais. Outro ícone desta região que pega os visitantes pela boca e não pode passar despercebido, está nos arredores da Canastra, em pequenas fazendas onde é produzido o delicioso `Queijo Canastra`. Uma consistência diferente, sabor único, é impossível experimentar e não levar um para casa.
Esta soma de belos atrativos, a preciosa nascente do `Velho Chico`, a facilidade de avistar bichos do cerrado, aliados uma boa estrutura para receber visitantes fazem deste parque um dos mais procurados em Minas Gerais por turistas do Brasil e do exterior. Esperamos que os fazendeiros da região vejam o parque como um aliado à preservação deste ambiente tão valioso para as futuras gerações, pois seus filhos ainda podem precisar das águas dos rios e das matas que protegem todas as nascentes que brotam no alto da serra. Colocar fogo nas matas com certeza não é uma atitude digna de quem depende da terra para o seu sustento.

sábado, 2 de maio de 2015

Rio de Janeiro

Jardim Botânico

O Jardim Botânico Rio de Janeiro oferece a oportunidade do contato do homem com a natureza bem no meio da confusão da cidade. 
Assim pode ser definido o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um dos dez mais importantes do gênero no mundo, que além de abrigar as mais raras espécies de plantas da flora brasileira e de outros países, é uma ótima opção de lazer para crianças e adultos e um deleite para aqueles que querem contemplar a natureza.
Foi fundado no dia 13 de junho de 1808 por D. João VI, príncipe regente na época, o Jardim Botânico Rio de Janeiro foi criado com o objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais.

O Jardim Botânico Rio de Janeiro é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Isso porque tem grande importância histórica, cultural, científica e paisagística e a área foi definida pela UNESCO como área de Reserva da Biosfera.
Conta com um espaço muito diversificado e podemos observar cerca de 6 500 espécies de planta, com algumas até ameaçadas de extinção, distribuídas em uma grande área de 54 hectares. São 330 000 plantas desidratadas, Carpoteca com 5 800 frutos secos, Xiloteca com 8 000 amostras de madeira, espaço grande com o Orquidário e uma biblioteca com cerca de 66 000 volumes e 3 000 obras raras.

Com suas palmeiras imperiais o Jardim Botânico Rio de Janeiro consegue fascinar a todos. E sendo esta uma ótima opção de passeio para aqueles que querem relaxar, estudar, ou só mesmo curtir a natureza bem de pertinho, e no meio da bagunça e correria da cidade grande.

Para quem quer conhecer o Rio de Janeiro, não pode deixar de visitar o Jardim Botânico Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, as maravilhosas praias cariocas e outros pontos turísticos fascinantes.

Não deixe de conhecer no Jardim Botânico Rio de Janeiro 

Chafariz Central (Chafariz das Musas)
Quatro figuras representam o chafariz central: a música, a poesia, a ciência e a arte. 

Casa dos Pilões
É um núcleo arqueológico representando a atividade da antiga fábrica de pólvora.

Orquidário
É uma estufa construída no final do século XIX, na década de 1930 foi reformado, e em 1998 foi restaurada.
Ainda no espaço do orquidário é possível encontrar algumas plantas ornamentais, como os antúrios, filodendros, samambaias e as avencas, são cerca de dois mil vasos com uma das mais belas coleções do Jardim Botânico Rio de Janeiro.

Jardim Japonês
Criado em 1935, a delicadeza da cultura japonesa encanta os visitantes, com bonsais, cerejeiras, bambuzais e lagos artificiais com carpas.

Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico Rio de Janeiro

Museu do Meio Ambiente está situado dentro do próprio Jardim Botânico Rio de Janeiro. Com uma área construída: 2.700m², é o primeiro da América Latina que se dedica à temática socioambiental.

É um espaço destinado para colaborar com a conservação da biodiversidade e a viabilização da sustentabilidade estreitando a relação entre as pessoas e o planeta com o desenvolvimento de  exposições, atividades educativas e a criação de espaços de debate com abordagem transdisciplinar e participativa, para promover entendimento das diferenças e características culturais para o fortalecimento da cidadania
No Museu do Meio Ambiente dispõe de guarda-volumes individuais ou para grupos.