A região é impressionante em qualquer época do ano. Hoje, integra os chamados “roteiros da neve” e o inverno é a alta temporada nos hotéis e pousadas (o que significa diárias mais caras). Mas como no inverno chove muito e é comum que a neblina domine os cânions, prejudicando a visibilidade e até os passeios, uma dica: certifique-se das condições do tempo antes de se aventurar por lá. A região é, muitas vezes, fria e úmida, mas vale a pena mesmo para quem não é fã de baixas temperaturas.
A cidade é pequena e quem chega pela primeira vez pode ter a impressão de que não vai encontrar uma boa infra-estrutura ou paisagens maravilhosas. Mas não se deixe enganar. Cambará pode ser pequena e, antes do turismo, sua economia era baseada na agricultura, na exploração de madeira, na pecuária e na apicultura. Como a população e a economia são rurais, podem-se percorrer quilômetros sem encontrar ninguém.
Como o inverno é a estação dominante, moradores e turistas têm sempre programas alternativos, feitos dentro de casa, e que incluem ficar jogando conversa fora ao redor de um fogão a lenha cheio de pinhões que assam lentamente sobre uma chapa. Ou saborear pãezinhos com uma das especialidades de Cambará, o mel.
Quando o tempo abre, dá para escolher qual a aventura: banho de cachoeira, trilhas pelos cânions, rotas a cavalo ou de jipes. Como a cidade faz divisa, no Rio Grande do Sul, com os municípios de São Francisco de Paula, Jaquirana e São José dos Ausentes e também com Praia Grande, que pertence a Santa Catarina, as belas paisagens ás vezes já começam na própria estrada.
Quem vai de carro pela BR 101 e dela toma o caminho à direita, em Praia Grande, pode parar no caminho para admirar a natureza ao seu redor. A visão dos cânions, mesmo à distância, é quase que um choque. Eles se desdobram em gigantes fendas verdes até onde a vista alcança. As nuvens parecem ao alcance das mãos e o ar é frio e limpo. Você se encontra a quase mil metros de altitude e a viagem está só começando.
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